quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Meu pai, que exemplo, que saudade!

Tenho a honra de compartilhar este texto escrito por meu pai, Pr. Oséas Lopes da Silva, que já há 15 anos está com o Senhor. Embora tenha transcorrido 21 anos de sua publicação na revista Círculo de Oração (CPAD), seu conteúdo continua atual, e desafia a nós mulheres a sermos como Abigail, mulheres que agem em favor da paz!

Abigail, a pacificadora
Pr. Oséas Lopes da Silva

Há um grupo de mulheres que desejo apresentar aqui. Sem dúvida tens ouvido falar de muitas delas, e pode até ser que conheças alguma. Porém, quero que chegues a conhecê-las a fundo, de tal forma que possas contá-las entre tuas amigas pessoais. Elas estão à disposição de quem quer que as procure, pois são mulheres da bíblia, e de todas aprendemos algo de importante. Suas vidas, sua fé, suas boas obras, suas experiências com Deus estão registradas nas escrituras para nosso benefício. Essas mulheres comovem-nos por sua piedade e sabedoria. Elas nos inspiram a sermos melhores cristãos.

Por outro lado, há um grupo de mulheres na bíblia que nos assustam por suas maldades e crueldade. Personificam o negativo e o pecado. Todavia, destas também tiramos lições, pois suas vidas nos ensinam bem os danos que podemos causar mulheres que não vivem sob temor de Deus.

Porém, dentre as mulheres virtuosas da Bíblia, queremos nos ocupar com Abigail. A Bíblia faz-lhe referencia em primeiro Samuel (cap. 25). Abigail era uma mulher de nobre descendência, definida na palavra de Deus como “de bom entendimento”. O texto bíblico acrescenta que ela era “de nobre aparência”. Sem dúvida, a beleza de Abigail era um reflexo de sua formosura interior. Era uma boa esposa, e o tipo da mulher que merecia ser feliz. Como a mulher virtuosa de provérbios 31, cuidava de sua família e de seus criados.

Porém enquanto ela se tornou conhecida por sua bondade e gentileza, seu esposo era um homem grosseiro. As escrituras o descrevem como um “homem duro e de más obras”. Seu nome Nabal significava “insensato”. Nabal era um homem com quem a convivência se mostrava difícil. Sua dureza, sua mesquinhez e mau gênio eram suficientes para amargar a vida de qualquer mulher. Abigail, no entanto, manteve seu espírito de doçura e mansidão, apesar da dureza tão adversa de seu esposo. Se o Santo Espírito de Deus estivesse sobre todas as irmãs, como muitos lares seriam diferentes! A palavra áspera seria contestada com uma frase doce. A “cara amarrada” ou gesto de impaciência seriam neutralizados com um sorriso puro, e as montanhas de incompreensão seriam demolidas.

Era a época da tosquia de ovelhas na fazenda de Nabal. Dias de árduo trabalho para Abigail, pois tinha de preparar comida para dezenas de trabalhadores e criados, e sem dúvida não havia tempo para descansar. Inesperadamente, em meio ao trabalho, apareceram diante de Nabal dez jovens que não pertenciam à fazenda. Vinham da parte de Davi que se encontrava no deserto, fugindo de Saul. Muitas vezes os homens de Davi haviam se encontrado com os homens de Nabal, no deserto. Davi e os seus os tratavam bem, e até protegiam os rebanhos que eles pastoreavam.

Porém, agora Davi se encontrava faminto , necessitado e mandara pedir a Nabal que lhe enviasse um pouco do muito que ele tinha. Era uma petição justa. Nabal tinha mantimentos em abundância e em nenhum aspecto lhe seria pesado dar comida aos homens de Davi. Sua resposta foi um duro “não”. Negou a comida aos jovens e ainda os humilhou na presença dos trabalhadores que ali estavam. Tratou-os com expressões depreciativas, e sobre seu líder, disse: "Quem é Davi, e quem é filho de Jessé? Muitos há hoje, e cada um foge a seu senhor”.


Quando os moços regressaram ao acampamento com as mãos vazias e os lábios cheios de palavras duras proferidas por Nabal, Davi se encheu de ira. Deu ordem para que todos cingissem suas espadas e, sem perda de tempo, saíram para tomar vingança. Era seu pensamento “não deixar com vida nenhum varão”. Porém, um dos servos de Nabal contou o ocorrido a Abigail e ela reconheceram a necessidade de agir imediatamente sem fazer qualquer alarme. Abigail salvaria seu esposo e seu lar da destruição total. Porém. Ela sabia que se dissesse a Nabal o que pensava fazer, ele não lhe permitiria, e lhe faria perder um tempo precioso.

Apressadamente, mas de modo organizado, a esposa de Nabal preparou comida para 600 homens: 200 pães, dois odres de vinho, cinco ovelhas guisadas e outras coisas mais. Em seguida, pôs tudo sobre jumentos, montou um dos animas, chamou alguns criados para lhe fazer companhia e partiu. Sua missão era obter a paz. Bendito ministério, o de levar a paz! Quantas vezes se nos apresentamos oportunidades de interceder, de interferir, e as deixamos passar, para não nos envolvermos! Teria sido muito fácil Abigail cruzar os braços e dizer: “ o problema é de Nabal, ele o buscou; que resolva agora.” Nabal estava a ponto de colher o que havia semeado. Porém, a bondade e a misericórdia de Deus não se estendem somente aos bons. Os que não a merecem são os que mais necessitam.

O encontro de Abigail com Davi assemelhava-se à Lei e a Graça. Nabal merecia morrer, porém Abigail intercedeu por sua vida. Com humildade rogou a Davi que perdoasse seu marido. Reconheceu que seu esposo era um homem perverso, mas lembrou a Davi que ele era “ungido do Senhor”. A percepção espiritual daquela mulher foi admirável! Ela não viu em Davi um servo fugitivo, mas “um que peleja a batalha de Jeová”. Quanta diplomacia naquela bela judia! Humilhou-se e não perdeu a dignidade em um momento algum.


Ao ouvir as sábias palavras de Abigail, o coração de Davi se comoveu. Ela lhe recordara as promessas que Deus havia feito, e o levou a pensar nas consequências daquele derramamento de sangue. Comovido, Davi disse-lhe: "Bendito o Senhor Deus de Israel, que hoje te enviou ao meu encontro, e bendito o teu conselho!” (1 Sm 25.32,33). Cumprida sua missão, Abigail voltou ao seu lar. Não falou nenhuma palavra a mais. Pensou que jamais voltaria a ver Davi. Porém, o salmista jamais esqueceria aquela mulher prudente, que o livrara de derramar o sangue de um culpado e de centenas de inocentes.

Algum tempo depois, Davi soube da morte de Nabal, e propôs casamento a Abigail, por saber que uma mulher daquela índole lhe seria uma benção como esposa. Por sua vez, Abigail jamais pensou que sua nobre ação a levaria a uma posição de honra: ser esposa do varão “segundo o coração de Deus”, daquele cuja descendência “levantou Deus a Jesus para Salvador de Israel” (At 13.22,23).


Porém, quantos altares quebrados e lares destruídos pelo espírito que opera neste mundo, do qual a bíblia diz: “ele jaz no maligno”! Tal tendência está disfarçada com um pseudônimo aparentemente atraente chamado “feminismo”. A mulher pacificadora não se deixa levar pelo espírito que rege este mundo. A bíblia diz: “Cada um fique na vocação em que foi chamado” (1 Co 7.20).

Prezada irmã: Deus te chamou para ser "como videira frutífera em teu lar” (Sl 128.3). Tu tens a mente de Cristo, e em ti habita o Espírito Santo. Descubra o gozo inefável de estar sendo orientada somente pela palavra de Deus e por seu Santo Espírito que inspirou o apóstolo Paulo a deixar-nos o segredo da vitória em sua carta aos Efésios (5.20-24). Abigail por certo descobriu este segredo mesmo antes dele estar escrito, e o mesmo Espírito que estava com ela deseja usar-te para que sejas uma mulher pacificadora (Mt 5.9). Amém!
(Texto publicado na revista Circulo de Oração. CPAD,Rio de Janeiro, jan-mar, 1987).

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Minhas Sementes de Fé



Sementes Da Fé
Composição: Elaine Araujo

Nos braços do Pai eu vou repousar
E crer nas promessas de Deus para mim
E com oração eu irei plantar sementes da fé...
E o meu louvor será como adubo
Fará com que os frutos comecem crescer
E as minhas lágrimas serão para regar sementes da fé

Se tentaram apagar tudo aquilo que Deus prometeu
E feridas se formaram sobre ti
Saiba que Deus de ti não esqueceu
Ele atende o teu pedido
Você plantou e um novo tempo a ti chegou

Pode adorar e exaltar ao Rei dos reis
Porque hoje Ele traz a você
Traz a cura, traz avivamento, traz solução
Tudo que pediu e esperou, receba agora em tuas mãos
Pode colher que os frutos da fé agora brotaram.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Onde está minha ovelha?!



Um pastor de ovelhas, em um dos seus dias de pastoreio, encontrou uma ovelhinha que estava presa entre galhos dentro de um buraco no meio do mato.

A situação da ovelha era de risco, pois ela esta estava “virada”. Ao cair, suas patinhas ficaram para cima e ela balia, balia... Porém, quando o pastor se aproximou, quase já não se podia ouvir seu balido, pois à medida que a ovelha fica virada, seu saco ruminante vai se enchendo de ar, o que pode levá-la à morte.

Para piorar a situação, os galhos que prendiam a ovelha eram de espinheiro e seu corpinho frágil estava todo ferido e ela sangrava muito. O cheiro do sangue havia atraído uma matilha que passava na proximidade e os lobos se encaminhavam para onde estava a pobre ovelha. Porém, tomado pelo instinto pastoral, o perigo não deteve o pastor. Ele pegou sua vara e começou a brandi-la contra aqueles animais ferozes. A força de proteção que o tomou foi tão grande, que os lobos fugiram assustados. O apascentador jamais deixaria que uma ovelhinha, mesmo tão machucada, fosse devorada ou que morresse pelos ferimentos ou ainda pelo ar que tomava seu saco ruminante. Ele não mediu distância e não temeu o perigo que os logos representavam para sua própria vida.

Assim que se viu livre da matilha o pastor pulou dentro do buraco onde estava a ovelha. Seus pés logo foram feridos pelos espinhos. À medida que tentava desvencilhar a ovelha do espinheiro, seu braços também começaram a sangrar. E embora sentisse dor, seu amor pela ovelha indefesa o tornara um gigante altruísta. Ele salvaria a ovelha a qualquer custo. Após algum tempo pastor e ovelha, ambos machucados, se encontravam fora do espinheiro. O pastor tomou seu cantil e, ignorando seus próprios ferimentos, começou a lavar o corpinho da ovelha. Logo após, tomou o ungüento que trazia em sua aljava e passou sobre as machucaduras da ovelha. Enquanto assim o fazia, descobriu que uma das patinhas do animal estava quebrada. Então, ele a tomou em seu ombro e empreendeu seu caminho para o aprisco, onde imobilizou sua patinha quebrada e a colocou para dormir em um cantinho seguro e afofado. Próximo à ela, colocou água fresca e comida. Assim, apesar de cansado e ferido, sentiu sua alma de pastor satisfeita porque havia cumprido sua missão. Ah! Ele nascera para ser pastor. Satisfeito retirou-se para cuidar de suas próprias feridas.

No dia seguinte, logo cedinho, com os primeiros raios do sol, lá estava o bom pastor verificando como estava sua ovelhinha. Isso ocorreu diariamente durante a recuperação do animal, até que, num belo dia a encontrou já de pé, junto às demais ovelhas do aprisco. Ele então, feliz, feliz, encaminhou seu rebanho para a área de pastagem, como sempre o fazia.

Porém, num determinado final de tarde, o pastor ao contar suas ovelhas descobriu que faltava uma. Seu coração começou a bater forte e ele dizia aflito: “Eu não acredito, eu não acredito, não pode ser, meu Deus!”. A ovelha que seus olhos procuravam ver e seu coração buscava era a ovelhinha por quem seu corpo sangrara. Ele então recolheu o rebanho em segurança e logo após empreendeu uma busca frenética pela ovelhinha.

Quando a noite se fez densa e seus olhos não conseguiam mais distinguir nada, ele retornou para seu lar, porém, não conseguiu conciliar o sono. Logo cedo, cuidou das ovelhas que estavam no aprisco e saiu em busca da ovelhinha perdida e nada. Sua aflição foi aumentando à medida que os dias passavam em buscas vãs. A única coisa que lhe vinha à mente era: “Onde está a minha ovelha?!”.

Num desses dias de aflita procura, o pastor passou por uma fazenda próxima a sua. E para sua surpresa, seus olhos que percorriam as paragens como que perdidos, deram sobre um grupo de ovelhas que pastavam do outro lado da cerca. Uma delas se destacou porque seu pêlo estava brilhando mais do que as outras. Ele então falou consigo mesmo: “Eu conheço esse brilho, minhas mãos o fizeram quando durante vários dias eu passava ungüento naquela ovelha”. Sim, aquela era a ovelhinha que o pastor defendera dos lobos e pela qual arriscou a própria vida. Não, ele não a deixaria nas mãos de outro. Logo procurou o responsável daquela fazenda e disse que aquela ovelha era sua. Porém, o outro, ríspido e desdenhando do pobre pastor, lhe disse: “Daqui você não a tira”. O pastor então, quis saber: “Como minha ovelha veio parar aqui?”. E a resposta: “Eu passei com minhas ovelhas por onde você pastoreava e eu fui atraído pelo brilho daquela pelagem. Então, fui deixando cair um pouco de grama que trazia em minhas mãos e aquela ovelhinha brilhante veio atrás de mim. Ora, meu pastor, eu não sou culpado, a ovelha é que me acompanhou!”. Ao que o pastor respondeu: “Então, devolva a minha ovelha”. E ouviu uma dolorosa resposta: “Daqui você não a tira. E saia logo das minhas terras antes que o mande retirar a força”.

Cabisbaixo e chorando, o pastor retornou para seus termos. Enquanto fazia uma das mais dolorosas e penosas caminhada de regresso, seu coração meditava: “Eu salvei a vida daquela ovelhinha, cuidei de suas feridas, lhe dei alimento, providenciei que não lhe faltasse água fresca, sempre a conduzi para as regiões de sombra quando o sol estava forte, e à noite, jamais deixei que ela ficasse exposta ao sereno. E num dia em que eu estava a curar as feridas de uma outra ovelhinha de meu rebanho, passa um mercenário e com um ínfimo punhado de grama atrai a minha ovelha e a leva para longe de mim. Logo agora? Ela estava prenhe e iria se multiplicar! Meu rebanho ia aumentar, outras ovelhinhas iriam saltitar em minhas verdejantes pastagens. Mas o mercenário viu que minha ovelha estava na hora de dar a luz, de dar leite, de dar lã e a cobiçou”.

Nos dias subseqüentes, o “pastor” usurpador passava com a ovelhinha diante dos olhos do pastor. Parecia que aquele queria machucar ainda mais seu coração sofredor. Num desses dias o pastor percebeu que a pelagem da ovelha já não brilhava mais, ela tornara-se igual às outras com sua lã toda suja e emaranhada. Porém, numa determinada manhã, seu coração bateu forte quando viu passar o usurpador e não viu junto a ele sua amada ovelhinha fujona. Não resistindo a necessidade de saber notícias, procurou saber com os cuidadores de ovelhas da região o que se passava. E, para sua surpresa, foi informado de que aquele homem, na realidade, era um negociante e havia vendido sua ovelhinha brilhante para um frigorífico local.

Bom, se você conseguiu ler esse texto até aqui, talvez se pergunte o porquê dessa longa história. Meu amigo, minha amiga, esse é o sentimento que está em minha alma. Seu tema é o grito do meu coração: “Cadê minha ovelha?!”. Muitos negociantes há por aí, que não sabem quanto representa cuidar de uma ovelhinha até que sua pelagem fique brilhante, até que ela comece a se multiplicar... Eles a querem pronta. Pronta para o abate. Negociam sua carne e seu pelo como quem faz leilão de coisa qualquer. Diferente do pastor que é atraído pelo balido de dor de seu rebanho, o mercenário é atraído pelo brilho e pelo quanto pode lucrar. Sobre tempos como esse, o apóstulo Paulo já nos advertia:

Eu sei que depois da minha partida entrarão no meio de vós lobos cruéis que não pouparão rebanho,
e que dentre vós mesmos se levantarão homens, falando coisas perversas para atrair os discípulos após si.
Portanto vigiai, lembrando-vos de que por três anos não cessei noite e dia de admoestar com lágrimas a cada um de vós.
Agora pois, vos encomendo a Deus e à palavra da sua graça, àquele que é poderoso para vos edificar e dar herança entre todos os que são santificados.
De ninguém cobicei prata, nem ouro, nem vestes.
Vós mesmos sabeis que estas mãos proveram as minhas necessidades e as dos que estavam comigo.
Em tudo vos dei o exemplo de que assim trabalhando, é necessário socorrer os enfermos, recordando as palavras do Senhor Jesus, porquanto ele mesmo disse: Coisa mais bem-aventurada é dar do que receber
(At 20.29-35).

sábado, 19 de janeiro de 2008

Conquistadores Conquistados

Ontem eu tinha que comparecer ao culto em Ação de Graças pelo aniversário de uma irmã, dirigente do Círculo de Oração em uma de nossas congregações. Sendo assim, apesar dos muitos compromissos, procurei meditar sobre qual mensagem dedicar a aniversariante. Porém, mesmo havendo tantos textos bíblicos convencionados para esses momentos, em meu coração vinha com força a expressão do apóstulo Paulo: "mas em nada tenho a minha vida como preciosa para mim, contando que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.[...] recordando as palavras do Senhor Jesus, porquanto ele mesmo disse: Coisa mais bem-aventurada é dar do que receber" (At 20.24,35).

A primeira impressão que se pode ter é que esse texto nada tem haver com o contexto de um aniversário de uma companheiras de caminhada ministerial, pois antes do versículo 24, Paulo fala sobre o que o Espírito Santo testemunhava por onde ele havia passado: "que lhe esperavam prisões e tribulações"(vs 23). No entanto, ele simplesmente iria prosseguir sua jornada e cumprir seu ministério até ao fim. Nada o deteria, nada obstaria sua caminhada. Ele estava determinado! Em seu peito queimava um fogo mais forte do que as espectativas sombrias das prisões fétidas, úmidas, imundas, sem luz, e os muitos açoite que lhe aguardavam.

Essa palavra se tornou irresitível em meu coração. E, quando a noite chegou, lá estava eu ministrando: "para aqueles que são chamados pelo Senhor, a missão é maior do que a própria vida; os objetivos da missão são maiores e mais fortes do que qualquer sonho e desejo pessoal; quem é chamado por Deus é tomado de tal forma pelo alvo a alcança que vence qualquer obstáculo, nada, absolutamente nada o detém. Isso indica que o diferencial de alguém que tem uma chamada ardendo em seu peito, é que sua referência está no céu, na eternidade de Deus, está acima de qualquer comparação e de qualquer poder e riqueza terrena. Ofensas não o param; calúnia não dimunui sua marcha; afronta não arefece seu ânimo e o seu amor. Isso faz lembrar de Neemias. Ele era um homem convicto, amava com força a cidade do seu Deus e sabia da importância de sua missão: "ESTOU FAZENDO UMA GRANDE OBRA, DE MODO QUE NÃO POSSO DESCER". A L E L U I A! Que exemplo a ser seguido.

Falando de homens consciêntes da importância de seu chamado, não posso esquecer de meu pai. Para custiar a viagem e a estada da família na cidade de Itacoatiara (Am), onde ele formaria uma banda de múscia para tocar na igreja Assembléia de Deus, ele simplesmente vendeu a casa da família, e com esse recurso empreendemos a viagem. O que mais chama a atenção, é que não se trava de ir pastorear uma igreja onde ele pudesse ser assalariado. Era apenas para ensinar música numa cidade do interior! Loucura ou irresponsabilidade de um pai de família? NÃO, ele sabia para quem o fazia. Hoje, meu pai já está há quinze anos com o Senhor, mas minha mãe não está desamparada ela tam sua casa própria. Deus tem cuidado dela. Um dos seus prazeres é trocar de móveis! Deus é fiel!

Mas voltando ao culto de ação de graças, enquanto ministrava a palavra do Senhor, me lembrei de outra convicção do apóstulo dos gentios: "Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus"(Fp 3.12). Creio que esse texto resume tudo o que disse até aqui. Paulo era um conquistador conquistado. Quando somos conquistado por Cristo, somos totalmente rendidos a Ele e lutamos a cada dia com toda a força de nossa alma para conquistar o alvo! Nenhum prazer ou valor terreno suplanta o que Deus introgeta dentro de nossas alma.


Saindo de Vitória (ES), vamos à Itália? Nessa foto, estou diante do Coliseu, em Roma, acompanhada da querida sorella Cida, que junto ao seu esposo, fratello Leopoldo, percorreram comigo a metade da Itália para que eu pudesse ver de perto esse monumento que conta um pouco do muito sofrimento e tenacida de nossos primeiros irmãos. Quando estávamos dentro do Coliseu, Cida me perguntou: "irmã Marta, a senhora está ouvindo alguma coisa, alguma voz? Porque dizem que as pessoas costumam ouvir alguma coisa aqui". Então, lhe respondi: "Eu não estou ouvindo nada. Só estou me perguntando o que eles, os nossos primeiros irmãos, tinham a mais do que nós, o que os movia a ponto de suportarem tal sofrimento e não negarem ao Senhor?". O que se perdeu?". Hoje eu só posso concluir:

NOSSOS PRIMEIROS IRMÃOS ERAM CONQUISTADORES CONQUISTADOS.

Os mártires do Coliseu, como Paulo, iam até às últimas consequências para conquistar a conquista de Deus em suas vidas, a qualquer preço!


Uma pergunta fica para nós respondermos: Por que desistimos tão fácil? Hoje, são muitos que negam e abandonam a Jesus fácil. Se se aborrecem com o pastor, abandonam a Jesus; se têm um problema com um irmão, abandonam a Jesus; se terminam um namoro com um jovem da igreja, abandonam a Jesus. Se a luta cresce em suas vidas, abandonam a Jesus. E agora, um desafio: Quando vamos nos deixar conquistar verdadeiramente pelo amor do/pelo Senhor?

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Lembranças da minha terra



Há momentos que ficam marcados em nossas memórias. Em fevereiro de 2007 Deus proporcionou à mim e à minha mãe um desses momentos. Juntas, viajamos a Manaus e pudemos usurfruir das belezas e das delícias do Amazonas.



Como foi bom comer tapioca recheada com tucumã e queijo qualho, tomar suco de cupuaçu, tomar açaí, comer pupunha. Gente, só provando para saber o que uma oportunidade como essa representa para amazonenses que moram longe de sua terra.

E a viagem a Itapiranga? Tomar banho nas águas do Rio Negro ou Madeira, meu Deus! Ir à cidade onde meu pai foi pastor 30 anos depois foi uma dádiva divina! Foi lá que construímos o primeiro templo para o Senhor; lá fui batizada com o Espírito Santo. Nesse templo preguei a primeira mensagem de minha vida. O tema? "Não tema, ó bichinho de Jacó, povozinho de Israel". É impossível esquecer. Ao lado do templo foi contruído as instalações do departamento infantil: Pastor Oséas Lopes da Silva, em homenagem ao meu pai. São histórias que ficam eternizadas em nossos corações. Fazem parte de nós, do somos e do que construímos.

E as pessoas? Que saudade: Tio Eduardo, tia Regina; Moisés e Vânia, primos queridos; tia Édna; Ema e Aurino, Lucila... Lélio, quanta atenção; Pr. Jônathas e Ana Lúcia... Pr. Paulo e esposa...

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

O penitente e o amor desconcertante de Deus

Às vezes chegamos diante de Deus esperando o castigo iminente, a vara, a palavra dura, um olhar áspero, porque o fazemos reconhecendo que pisamos na bola, que fizemos tudo errado. Mas nos surpreendemos quando Ele, simplesmente, nos diz: “Filho, eu te amo. Ainda que os teus pecados sejam vermelhos como carmesim eles se tornarão brancos, como a branca lã” (Is 1.18).

Estamos tão acostumados a sermos tratados com brutalidade, com as retaliações do mundo, com o julgamento a priori, com a ausência de misericórdia que temos dificuldade em compreender o amor de Deus e ficamos desconcertados, ficamos “sem jeito” quando, diante dos nossos pecados, mas em contraposição a um coração arrependido, Ele simplesmente nos afaga.

É como se, de repente, Ele nos dissesse como o fez à mulher pecadora: “Vai em paz e não peques mais”. Nessa hora, surpresos perguntássemos: – Tudo bem, Senhor, eu vou, mas qual é a minha penitência? Tu estás sendo tão bom, tão benigno comigo que eu quero logo deixar tudo quites contigo. Quantos degraus eu tenho que subir de joelhos; quantas chicotadas eu tenho que infligir aos meus próprios lombos?. E ele simplesmente nos dissesse, – Filho, você não entendeu, essa não é a minha essência. Eu sou o único que não tem pecados, portanto, tenho autoridade para te condenar, mas Eu não te condeno, vai em paz e não peques mais (Jo 8.11). É só isso! Não estou pedindo penitência, nem que dilaceres a tua carne. Eu já fiz isso por você. Eu me deixei moer, para que agora eu diga: Vai meu filho, vai em paz. dorme tranqüilo o teu sono e toma com alegria o teu mel. Eu lavo com meu sangue as tuas iniqüidades e removo a tua culpa! E dos teus pecados não me lembrarei mais (Mq 7.18-19).

Como sairíamos de diante de um Deus como esse? Gratos, aliviados, suando frio, mas desconcertados. Estávamos certos da condenação. Porque, provavelmente, se estivéssemos no lugar dele, condenaríamos o penitente! Por isso, embora sem condição arcar com as conseqüências de nossos atos, estávamos conformados em sermos punidos, imolados. Em vez disso somos acolhidos e recebemos afago! Esse é o amor desconcertante de Deus!

Aleluia! “Porque nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Rm 8.1).

Dá para encarar um Deus como esse?

Dá para não amar um Deus como esse?

Dá para não lhe ser fiel?


Dá para ignorar o gemido de seu Espírito quando nos deixamos atrair pelo apelo de nosso adversário que nos quer roubar, destruir e matar?

Isso é graça, é favor recebido, mas não merecido. Isso é cristianismo sem as seqüelas do romanismo mariolatra destituído de qualquer sentimento de graça, que tem feito muito mal à concepção do que significa cristianismo.

É a graça que nos deixa como que moídos diante de tanto amor, de tamanha gratuidade, quando nada se pede em troca, senão que sejamos plenos; seres integrais, seres com o selo de originalidade, que se alimentam da excelência suprema de Deus. Seu desejo é que entendamos o que diz a palavra: pouco menor do que os anjos o fizeste (Sl 8.4-5)! Pouco menor do que os anjos! Esse é um Deus, cujos atos de misericórdia em relação ao homem chega a ser escandaloso.

A L E L U I A!

JESUS ACEITA O MEU AMOR NESTA NOITE!

O Rei que se fez plebeu e o plebeu usurpador

Após um dia abençoado, dedicado ao Reino de Deus, assentei-me, por um pouco, em meu sofá, enquanto assistia a um programa evangélico, do qual participavam a Ana Paula Bessa e a Nívea Soares. E o diálogo dessas irmãs me levou a refletir, porque a Nívea, simplesmente, transbordava na graça ao falar sobre o nosso Jesus, que desceu de seu trono de glória para vir, em figura humana, viver entre nós. Porém, apesar de, por um pouco, ter se tornando humano, não perdeu sua deidade. Então, me lembrei do jogral que escrevi: "Jesus Cristo, cem por cento homem e cem por cento Deus".
É simplesmente maravilhoso pensar nesse Deus que se faz homem porque amou a cada um de nós. Isso faz pensar o quanto somos mesquinhos, o quanto somos apequenados pela forma limitada com que vivemos nossa vida espiritual e nossos relacionamentos com nossos semelhantes. Ah! Se nós tivéssemos a coragem de fazer como o Deus que desce e se faz gente e, por isso tornou o GRANDE Salvador do mundo INTEIRO. Ah! Quem sabe cresceríamos um pouco e, assim, deixaríamos de ser seres tão medíocres apegados a quinquilharias e velharias. Nós nos tornaríamos mais enriquecidos, mais nobres, mais dignos de sermos templo do Espírito Santo.
O apóstolo Paulo disse acertadamente: Quando penso que estou fraco, aí sou forte. Qual o problema? Será que nunca podemos ter auto-afirmação? Temos que usar de falsa modéstia ou fazer de conta que não somos dotados de talentos e dons? NÃO! O problema é que, muitas vezes, somos enganados e queremos auferir a glória que não nos pertence. Em outros momentos agimos com se não fôssemos seres dependentes de Deus até mesmo para respirar. Salomão, enquanto se manteve sábio, afirmou: "A soberba precede a destruição, e a altivez do espírito precede a queda"(Pv 16.18).
Neste momento, enquanto escrevo, estou escutando Marina de Oliveira cantar uma canção que reconhece a grandiosidade de Deus e a nossa dependência dele, e diz: "Insaciável sou por mais de Ti; desesperado estou por mais de Ti. Tu que estás assentado no trono de glória vem neste lugar, Senhor...". É isso! Ele, o Senhor, é quem se assenta no trono eterno. Nós somos completos quando nos reconhecemos na qualidade de seus súditos. É uma honra servir-lhe!
Oh! Pai, neste momento, eu faço reverência à tua majestade e digo: Tu és o meu Rei e Senhor. És o amado da minha alma! És o ar de que necessitam os meus pulmões. És a essência de tudo o que sou!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Celebrando o Emanuel na Prefeitura Municipal de Vitória



O Senhor nos deu mais uma oportunidade de Celebrar o Cristo vivo na Prefeitura Municipal de Vitória, por iniciativa do irmão Vereador Esmael Almeida. Para tanto, foi fundamental a articulação de sua esposa, Dra. Izabel.

Aliás, no Natal de 2006 eu não pude estar presente, pois estava muito longe, em Castella Monte, Itália. Fiquei apenas sabendo das boas notícias. Porém, o Conjunto Vivendo para Louvar, de nossa igreja no Bairro da Penha, liderada por meu esposo, Pr. Joziel Azevedo, louvou ao Senhor, representando as igrejas Assembléias de Deus de Vitória. Para glória de Deus, o prefeito João Coser gostou tanto que, neste ano, fez uma única exigência: não poderia faltar o conjunto feminino que, segundo ele, canta com força e vigor.

Atendendo o pedido do prefeito, formamos um grande coral do qual participaram os conjuntos femininos das Assembléias de Deus em: Bairro da Penha, Pr. Joziel Azevedo; Bairro da Penha (2), Pr. Luiz Manoel; Santa Marta, Pr. José Bruno; Santo Antônio, Pr. Manoel Luiz; Volta do Rabaiole, Pr. João Carlos Siqueira; Centro, Pr. Isack Samora.

O louvor esteve a cargo do Ministério de louvor Vida; ouve a apresentação do jogral: "Jesus Cristo cem por cento homem, cem por cento Deus, pelo Ministério de Representação Vida, ambos de nossa igreja, AD. no Bairro da Penha. O Pr. Mário Souza, da Assembléia de Deus em Coqueiral de Itaparica, Vila Velha, ministrou a Palavra de Deus debaixo da unção do Senhor.

A canção que marcou foi "Digno é o Senhor". Foi maravilhosos cantar o quão digno de honra e louvor é o nosso Salvador, Jesus Cristo, junto com mais ou menos trezentas mulheres assembleianas da cidade de Vitória.

Agradeço ao Senhor pela vida das companheiras em Cristo: Madalena, Conceição, Sara, Ritinha, Glorinha e Ana Helena que se empenharam na mobilização das mulheres, bem como pela vida dos pastores que apoiaram esse evento.

Abaixo registro a letra da canção que marcou nossa celebração naquele espaço do "poder temporal", onde apontamos para o "poder eterno e supremo" de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que sendo "100% Deus", se fez "100% homem" para nos resgatar à condição de filhos de Deus. A Ele, portanto, toda honra, toda glória e todo louvor!

DIGNO É O SENHOR
Aline Barros
Composição: Darlene Zschech/ Hillsong Publishing

Graças eu te dou Pai
Pelo preço que pagou
Sacrifício de amor
Que me comprou, Ungido do Senhor

Pelos cravos em tuas mãos
Graças eu te dou, oh meu Senhor
Lavou minha mente e coração
Me deu perdão, restaurou-me a comunhão

Digno é o Senhor
Sobre o trono está
Soberano Criador
Vou sempre te adorar

Elevo minhas mãos
Ao Cristo que venceu
Cordeiro de Deus morreu por mim
Mas ressuscitou
Digno é o Senhor

Pelos cravos em tuas mãos
Graças eu te dou, oh Senhor
Lavou minha mente e coração
Me deu perdão, restaurou-me a comunhão

Digno é o Senhor
Sobre o trono está
Soberano Criador
Vou sempre te adorar

Elevo minhas mãos
Ao Cristo que venceu
Cordeiro de Deus morreu por mim
Mas ressuscitou
Digno é o Senhor} 2x

Mas ressuscitou
Digno é o Senhor} 2x
Aleluia!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

AGO da UNEMADES/UFADES



A UNEMADES/UFADES convidam a todas as mulheres assembleiana, bem como a toda mulher cristã para participarem de sua AGO, onde ocorrerão estudos bíblicos voltados para o tema: "Vem e vê".

Local: Sede da CADEESO - Aribiri - Vila Velha/ES.
Data: de 09 - 12 de janeiro de 2008.

Sejam Bem-vindas!