quinta-feira, 27 de março de 2008

OUSE TOCAR EM JESUS

Hoje, ao enviar um e-mail para uma amiga, fui levada a refletir sobre as coisas que nos desafiam na vida. Dentre elas, está o desconhecido. E isso se torna mais difícil quando o não conhecido é em nós, seja na alma ou no físico. Nós vamos ao médico ela pede um exame, pede outro e mais outro, e nada. Simplesmente não descobre a causa do que nos está incomodando. Nós nos tornamos a própria incógnita que nos vai matando aos poucos. Não nos sabemos, não nos conhecemos.

Em contraponto a isso, me lembrei da história de uma mulher, narrada na Bíblia. A pesar de não citar o seu nome, o livro sagrado ressalta a sua atitude diante da adversidade. Essa mulher sofria de um mal que lhe causava hemorragia havia doze anos. Imagine a sua situação. Ela deveria sentir fraqueza física em função da perda de sangue; deveria sentir dor moral por ser pária social, pois estava cerimonialmente imunda pela lei judaica; deveria sentir aridez emocional, pois sendo imunda, não poderia tocar nem ser tocada por ninguém. Imagine de novo: doze anos sem ser tocada pelos amigos, pelos filhos, pelo marido... Eles seriam imundos também se a tocassem... Como será que estava a sua auto-estima?!

Mas que mulher extraordinária! Em um determinado dia ela resolveu por fim ao seu opróbrio. Ela ficou sabendo que alguém chamado Jesus iria passar em sua cidade. Pelo que lhe informaram, esse homem curava as pessoas. Era a Grande Chance de sua vida! Ela levantou-se de seu lugar de prostração e, vencendo as dores e debilidades físicas, a pressão psicológica que deveriam lhe pressionar a alma e imprimiam o IMPOSSÍVEL em seu espírito, foi procurar esse Jesus de Nazaré.

A nossa amiga, aqui retratada, simplesmente cresceu e se agigantou diante de seu grande problema. Veja, se ela não podia tocar nas pessoas com quem convivia, estava claro que não poderia, jamais, tocar num "homem santo". Isso era loucura! Ela poderia sofrer as conseqüências de seu erro! Mas foi o que ela fez. O fato determinante aconteceu em sua mente: Ela ousou crer, e por isso, ousou tocar em Jesus. Aliás, ela não quis tanto. Na verdade a Bíblia diz que a mulher tocou na orla da roupa de Jesus, e ficou curada!

Quantas vezes deixamos de receber o milagre de que necessitamos simplesmente por que nos deixamos impressionar diante do desconhecido? Ficamos assustados frente ao nada apenas porque não vemos, não sabemos, não tocamos. É como se revivêssemos o tempo de infância no qual, para conhecer o mundo, precisávamos tocar em tudo ao nosso redor, pois não tínhamos capacidade de abstração. Nesses momentos nossa mente fica confusa, nossos olhos ficam turvos e não vemos com clareza salvação que está diante de nós. Essa é a hora na qual precisamos, como criança, deixar que o Senhor Jesus segure nossas mão e nos conduza pelo caminho. Ouse crer, Ele nos ama e vai nos levar ao porto seguro.

Não podemos deixar que nossa mente seja assaltada pelo ladrão da espernaça. Não podemos deixar que nosso espírito seja aprisionado. Não há grade no mundo que possa prender o nosso espírito, porque ele é incorpóreo; mas a dúvida, a desesperança, o sentimento de inferioridade, a falta de fé podem o aniquilar. , pois, se assim for, perdemos a capacidade de reação frente aos desafios da vida.

Que Deus nos ajude a crer, de fato, no seu amor por nós.

sexta-feira, 21 de março de 2008

O fogo irresistível

Postei parte do capítulo 20 de Jeremias, para depois fazer o comentário, só para não esquecer.

7 Seduziste-me, ó Senhor, e deixei-me seduzir; mais forte foste do que eu, e prevaleceste; sirvo de escárnio o dia todo; cada um deles zomba de mim.
8 Pois sempre que falo, grito, clamo: Violência e destruição; porque se tornou a palavra do Senhor um opróbrio para mim, e um ludíbrio o dia todo.
9 Se eu disser: Não farei menção dele, e não falarei mais no seu nome, então há no meu coração um como fogo ardente, encerrado nos meus ossos, e estou fatigado de contê-lo, e não posso mais.
10 Pois ouço a difamação de muitos, terror por todos os lados! Denunciai-o! Denunciemo-lo! dizem todos os meus íntimos amigos, aguardando o meu manquejar; bem pode ser que se deixe enganar; então prevaleceremos contra ele e nos vingaremos dele.
11 Mas o Senhor está comigo como um guerreiro valente; por isso tropeçarão os meus perseguidores, e não prevalecerão; ficarão muito confundidos, porque não alcançarão êxito, sim, terão uma confusão perpétua que nunca será esquecida.
12 Tu pois, ó Senhor dos exércitos, que provas o justo, e vês os pensamentos e o coração, permite que eu veja a tua vingança sobre eles; porque te confiei a minha causa.
13 Cantai ao Senhor, louvai ao Senhor; pois livrou a alma do necessitado da mão dos malfeitores.
14 Maldito o dia em que nasci; não seja bendito o dia em que minha mãe me deu à luz.
15 Maldito o homem que deu as novas a meu pai, dizendo: Nasceu-te um filho, alegrando-o com isso grandemente.
16 E seja esse homem como as cidades que o senhor destruiu sem piedade; e ouça ele um clamor pela manhã, e um alarido ao meio-dia.
17 Por que não me matou na madre? assim minha mãe teria sido a minha sepultura, e teria ficado grávida perpetuamente!
18 Por que saí da madre, para ver trabalho e tristeza, e para que se consumam na vergonha os meus dias?

Vivendo Para Louvar - VPL


Na quarta-feira passada, eu estava preparando a cópia dos hinos que o conjunto feminino de minha igreja iria ensaiar, quando comecei a pensar no significado do nome do conjunto: Vivendo Para Louvar, o nosso VPL. Então, me ocorreu a seguinte definição:

"Viver Para Louvar, mas do que cantar, é ter atitude de adorador. Significa mais do que dizer ou cantar belas palavras elogiosas a Deus, é dar-lhe a cada dia um pouco mais de nós mesmas, até não sobrar nada que não tenhamos oferecido sobre o altar" (Miss. Marta Azevedo, 19 mar 2008).

Ao pensar em entrega total ao Senhor, fica fácil observar o contraste com a atitude de muitos que procuram se aproximar de Deus nos dias de hoje. Muitas vezes são movidos por interesses egoístas, ou simplesmente imediatistas: o que necessitam aqui e agora. Porém, isso não está longe da prática de muitos contemporâneos de Jesus, os seguidores pelo pão, conforme o próprio Cristo denunciou: "[...] Em verdade, em verdade vos digo que me buscais, não porque vistes sinais, mas porque comestes do pão e vos saciastes" (Jo 6.26). Nosso Senhor tinha e queria oferecer mais do que o simples perecível pão nosso de cada dia. "Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus" (Mt 4.4).

Oxalá, nesse dia em que o mundo celebra a Páscoa, nosso Cordeiro Pascal encontre em nós mais do que "Seguidores Pelo Pão", SPP. Encontre os que caminham "Vivendo Para Louvar". Esses e essas, sim, são capazes de se derramar no altar do Senhor sem reservar, porque que o amam de todo coração. Amam com o amor genuíno, destituído de segundas intenções, sem pedir nada em troca. Amam com o amor do Senhor: dadivoso, sacrificial, que faz qualquer coisa pelo ser amado.

Para finalizar, a canção de hoje:

LOUVE
Cassiane

Deus não rejeita oração
Oração é alimento...
Nunca vi um justo sem resposta ou ficar no sofrimento
Resta somente esperar o que Deus pode fazer
Quando Ele estende suas mãos
É a hora de vencer
Então louve, simplesmente louve
Tá chorando louve, precisando louve
Tá sofrendo louve, não importa louve
Teu louvor invade o céu...
Deus vai na frente abrindo o caminho
Quebrando as correntes, tirando os espinhos
Ordenas aos anjos pra contigo lutar
Ele abre as portas pra ninguém mais fechar
Ele trabalha pra os que nEle confia
Ele caminha contigo de noite ou de dia
Erga suas mãos, sua benção chegou
Comece a cantar com muito louvor
Com muito louvo, com muito louvor
Com muito louvor...
Agente precisa entender o que Deus está falando
Quando Ele fica em silêncio é
Porque está trabalhando

sexta-feira, 14 de março de 2008

Rota de Fuga

Ah! Quantas vezes nas horas de luta, de confrontos e afrontas na vida o que mais queremos é visualizar uma rota de fuga. Quem dera apenas uma fresta no muro, uma vírgula no texto, um pequenino espaço no meio da multidão. Não queremos muito, aceitamos qualquer coisa que possa simbolizar o desejado escape.

Isso faz lembrar Davi, o bom filho de Jessé, o salmista, o rei, o homem segundo o coração de Deus, e tudo o mais que isso signifique. No momento em que ele se sentiu perseguido e traído, não por um inimigo, mas por um amigo com quem compartilhou momentos de entretenimento, de longas horas de diálogo, de caminhada nas celebrações espirituais ele desejou ter asas como a pomba e voar para longe; anseiou por um lugar num deserto, talvez não quisesse ver ninguém. Concordo com Davi, não há ninguém que nos consiga ferir tanto como um amigo, pois o inimigo não consegue chegar tão perto do nosso coração para desferir o golpe mortal. Contra o inimigo, levantamos barreiras de defesa. Para o amigo, abrimos o peito e estendemos os braços em forma de cruz, tocamos o Norte e o Sul, o Leste e o Oeste para abraçá-lo e abrimos a boca para dizer: bem-vindo amigo! Não temos defesa contra um amigo, não é mesmo? Cheguei a essa conclusão há alguns anos quando, necessitada, estendi a mão a alguém em busca de ajuda e, em vez da mão amiga, senti o golpe cruel da quebra de confiança. Como doeu!

Voltando ao querido Davi, decepcionado, ele afirma:
Estremece-me no peito o coração, terrores de morte me salteiam;
Temor e tremor me sobrevêm, e o horror se apodera de mim.
Então, disse eu: quem me dera asas como de pomba! Voaria e acharia pouso.
Eis que fugiria para longe e ficaria no deserto.
Dar-me-ia pressa em abrigar-me do vendaval e da procela
(Sl 55.4-8).

Todo o problema reside no fato de que Deus não está nas nossas rotas de fuga. Ele diz em sua Palavra: "se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele"(Hb 10.38). Nosso Pai não nos quer ver como fugitivos sobre a terra. Ele não deseja nos ver arfando em busca de um pouso. Ele não nos criou para viver em desertos. No deserto não tem alimento, não tem água, não tem amigos, não tem família. Nós fomos idealizados por Deus para viver em um jardim, cujo nome significa: Lugar de Delícia! O delicioso Edem, lugar banhado por quatro rios, Pison, Giom, Tigre e Eufrates, com frutas em abundância, onde havia até mesmo a árvore da vida.

Sabe quem nos quer ver como fugitivos? Satanás, o inimigo das nossas almas. Isso me faz lembrar de Caim. Sua sentença era viver escondido da presença de Deus, e ele ainda afirma: "[...] serei fugitivo e vagabundo na terra [...]" (Gn 4.14). Por que tudo isso sobre um homem? Ele se tornara o primeiro assassino, matador de irmão, simplesmente por causa de inveja. Nessa hora eu grito: NÃO, NÃO PODEMOS SER FUGITIVOS, NÃO SOMOS MATADORES DE IRMÃOS!

Embora nos momentos de decepções da vida queiramos nos esconder de tudo e de todos, principalmente dos que nos ferem sem causa, o nosso lugar não é no caminho dos que se esgueiram pelos lugares sombrios da vida. Temos um lugar reservado pelo nosso amigo Jesus Cristo debaixo da luz da ribalta. Só precisamos, como o apostolo Paulo, vestir a camisa e nos assumirmos como somos, o melhor de Deus, mesmo que sejamos o menor da família mais pobre, tal como Gideão. Nosso Senhor pode e quer nos transformar em guerreiros valorosos.

A CONSCIÊNCIA QUE NÃO NOS PODE FALTAR

Para onde iremos nós? (Jo 6.68);
Como escaparemos nós (Hb 2.3);
Paulo não relutava ante a sua condição de prisioneiro do/pelo Senhor. Era assumido, vestia a camisa sem se importar com o preço a pagar. Ele sabia que o Senhor é justo juiz (Ef 3.2; 4,2; Fm 1);
Para onde olhar: para o ETERNO e não para o temporal (2 Co 4.18).

sexta-feira, 7 de março de 2008

Para mulheres que têm algo mais a dizer

Este texto foi inspirado em uma mensagem que ministrei em maio/2007. Espero que possa contribuir com a vida de muitas mulheres no Dia Internacional da Mulher 2008.



Mulheres contagiantes
Marta Azevedo
5 maio 2007


Disse, porém, Rute: Não me inste para que te deixe e me obrigues a não seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei eu, onde quer que pousares, pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus.
Onde quer que morreres, morrerei eu e aí serei sepultada; faça-me o Senhor o que bem lhe aprouver, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti (Rt 1.16-17).


INTRUDUÇÃO:
Noemi, uma mulher contagiante, que conseguiu impactar a vida de Rute, de tal forma que, esta preferiu segui-la em seu périplo de dor, a voltar para sua mãe, para seu povo e para seus deuses, como a própria Noemi a aconselhara. Noemi considerou que não tinha nada mais para oferecer à Rute, senão viuvez, solidão, pobreza, escassez, amargura... em vez de formosura. Rute, porém, conseguiu ver em Noemi mais do que amargura, porque Noemi havia, de alguma forma, contagiado a sua vida com o conhecimento do Deus verdadeiro, a quem servia.

UMA FORMOSA MULHER E SUA FAMÍLIA
Noemi com seu marido, Elimeleque, e seus dois filhos Quiliom e Maalom moravam em Belém, região de Judá, em Israel. Por sua expressão, ela demonstra que vivia uma vida feliz. Era uma mulher que se sentia plena habitando em família: “Ditosa eu parti [...]” (Rt 1.21).

O TEMPO DE ESCASSEZ E ANGÚSTIA:
O tempo passou e, havendo fome em sua terra, a família de Elimeleque se mudou em busca de novas oportunidades, mas foi para Moabe, uma terra não muito amistosa para os Judeus, para não dizer: proibitiva - como nos dias de hoje muitas famílias fazem quando enfrentam problemas financeiros, falência. Era uma busca esperançosa de novas possibilidades, uma tentativas de reconstrução do equilíbrio financeiro. Mas, a Palavra de Deus diz, que: Há caminhos que parece direito ao homem, mas afinal são caminhos de morte (Pv 1.25).

A ESPERANÇA QUE FALHOU.
No tempo e na cultura de Noemi, a mulher era totalmente dependente da figura masculina para sobreviver, o que, de alguma forma, limitava o horizonte feminino.
Assim, embora tenha passado pela escassez e mudança involuntária, ela ainda contava com a presença do marido e dos filhos. No entanto, seu marido, cujo nome significava meu Deus é Rei, morre. Mas, ela ainda contava com os filhos, Quiliom e Maalom. Apesar dos nomes dos rapazes significarem doença e fraqueza, Noemi os tinha por perto, lhe suprindo as necessidades afetivas. Seu sentimento materno estava intocado. Porém, os filhos também morrem, ficando ela e as duas noras viúvas.

O VÁCUO NA HISTÓRIA – situação de desamparo (Rt 1.5): Sem o marido, ela perde conexão com seu passado. Sem os filhos ela perde sua referência e possibilidade de futuro. É importante refletir que, para nós mulheres, nos filhos a continuidade de nós mesmos se realiza. Quando eles se vão, parece que nós mesmas não nos temos mais, não nos possuímos e nos perdemos, porque não conseguimos nos ver além de nós mesmos.

O primeiro quadro na vida de Noemi: Primeiro, Vida ditosa: Marido e filhos
O segundo: fome, desterro, viuvez, perda dos filhos... Dá para imaginar um quadro com essa realidade? Quais cores o artista utilizaria?

UMA MULHER CONTAGIANTE E MARCANTE EM MEIO A TRAGÉDIA.
Após tanta tragédia, Noemi ficou sabendo que Deus estendera a mão sobre seu país e a situação de escassez havia sido solucionada. Resolve, com sua nora Rute, retornar. Porém, no caminho, analisa sua própria situação.

O QUE ELA TINHA PARA OFERECER?
Segundo ela mesma, nada além de: velhice, amargura, provações, continuidade da viuvez. Mas, aos olhos de Rute: um povo, um Deus; a companhia de uma pessoa confiável; alguém que se preocupava mais com a situação de suas noras do que consigo mesma (Rt 1.13).

O diferencial de Noemei estava em suas referências, o SENHOR, seu Deus:
[...] e o SENHOR use convosco de benevolência [...]” (1.8); O SENHOR vos dê que sejais felizes, cada uma em casa de seu marido [...] (1.9); Então, disse Noemi a sua nora: Bendito seja ele do SENHOR [...] (2.20).

COM O SENHOR, AINDA NÃO CHEGOU O ATO FINAL
A cortina não havia sido fechada para Noemi, o último ato ainda não havia sido executado. O artista-autor ainda não havia executado a última pincelada da obra de arte, embora já conhecesse o final da obra:

Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais.
Então me invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei.
Buscar-me-eis e me achareis quando me me buscardes de todo o vosso coração.
Serei achado de vós, diz o SENHOR, e farei mudar a vossa sorte [...](Jr 29.1,13-141).


O ÚLTIMO QUADRO, A ÚLTIMA CENA NA VIDA DE NOEMI
Ao retornar para Israel, Rute se casa com Boaz, o resgatador, homem de posse e bondoso. Rute e Boaz geram a um filho, cujo nome foi Obede, que significa ADORADOR. O livro de Rute termina dessa forma: Noemi tomou o menino, e o pôs no regaço, e entrou a cuidar dele.[...] A Noemi nasceu um filho. E lhe chamaram Obede. Este é o pai de Jessé, pai de Davi (Rt 4.16-17). Noemi termina seus dias com um adorador em seus braços e não solitária. Tudo isso porque foi contagiante. Aqueles que se propõem a congiar outros receberão os frutos de sua ação.

O MUNDO PRECISA DE MULHERES CONTAGIANTES, nossas amigas também precisam.

O MUNDO PRECISA de mulheres cujo exemplo de vida, mesmo em meio a tragédias, contribuam para estabelecer significantes imprescindíveis na vida de suas companheiras.

Para Noemi, a partir de seu conhecimento e experiência, o que lhe aguardava era um final triste e melancólico para uma história infeliz. Para Deus, a partir do seu conhecimento e planejamento para a vida de Noemi, era um final feliz e glorioso para uma história de aprendizado.

Agrada-te do SENHOR, e ele satisfará os desejos do teu coração.
Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais ele fará (Sl 37.5).

DEUS! POR FAVOR, ME AJUDA A SER UMA MULHER CONTAGIANTE.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Repreensão: O caminho da vida

O texto a seguir é fruto da reflexão que fiz como contribuição para a matéria da jornalista Heliomara Mulullo: Educação Escolar: nova visão educacional forma cidadãos do bem, publicada pela Revista Comunhão, num. 126 (Fev/2008).

Quando se analisa o mundo de hoje, pode-se concluir que não é o que se pode chamar de um mundo melhor e acolhedor. Colhemos as conseqüências dos atos de gerações anteriores (Dec. 60 e 70) que lutaram por liberdade e contestaram os valores estabelecidos na sociedade. Assim, destruíram muitos paradigmas sociais e abalando valores e culturas familiares, por exemplo, como criar/educar filhos, a guisa de uma sociedade melhor.
Esse processo também teve a contribuição de teorias do desenvolvimento humano e educacional. Possivelmente mal interpretadas, essas abordagens trouxeram mudanças ao pregar a autonomia do sujeito/educando e a não diretividade na educação. Se antes toda autoridade estava centrada na figura educadora, com as novas concepções essa autoridade foi transferida para a criança, como se o adulto nada mais tivesse para ensinar. Como conseqüência, na relação de pais e filhos, talvez como forma de distanciamento do autoritarismo praticado por gerações passadas, se percebe pais temerosos em exercer seu papel fundamental de figura cuidador/educadadora. Assim, a família deixa de dar à criança o seu direito e necessidade de receber a chamada educação primária onde estão os pilares dos valores e das regras sociais, o respeito ao outro, o valor da vida e os limite necessários para o bom viver e o bem-querer em sociedade.
A educação de valores na infância é uma necessidade intrínseca do ser humano porque ninguém nasce pronto para a vida. A criança nasce como um diamante bruto que só após ser lapidado mostra o seu valor. O “como viver” e, principalmente, o “como ser”, “como existir” nós não sabemos a priori, precisamos que alguém nos ensine, nos mostre, da mesma forma que necessitamos que alguém nos diga como se faz para dar os primeiros passos e as primeiras colheradas. Nesses processos nós caímos, nos machucamos, nos sujamos, mas nossos cuidadores persistem até que tenhamos autonomia para andar e comer sozinhos. No que tange aos valores, como se trata de lidar com a natureza humana e forjar caráter, o caminhos mais fácil é a desistência. Contudo, quando isso acontece, os pais estão negando ao filho um direito e o atendimento de sua necessidade de “conhecer” para “ser”.
A palavra de Deus diz que “[...] a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe” (Pv 29.15), e hoje, lamentavelmente, vemos muitos pais sendo tomados pela vergonha e pela dor quando vêem seus filhos trilhar caminhos de destruição. São jovens que caminham sem direção, sem perspectiva de futuro e, dolorosamente, sem sonhos. São sujeitos não-adaptados ao seu mundo, gerando uma sociedade que se desumaniza de forma cada vez mais veloz. E aí, perguntamos: Para onde vão os filhos de nossa geração? O que vai ser dessa sociedade se os pais abrirem mão da condição de “ser pais”. Receber uma criança no mundo é um privilégio do qual não se pode desistir ante as dificuldades do caminho.
É função materno/paterno mediar o processo de conhecimento/relacionamento de seus filhos com o mundo a partir do exemplo. Para a criança os valores que lhes são ensinados serão tão mais verdadeiros quando vistos na pratica diária de seus pais. São das figuras cuidadoras que as crianças apreendem as primeiras significações do mundo, bem como de cada um de seus pequenos gestos e reações frente ao novo. E aí, mais uma vez tem razão a palavra de Deus: “Instrui o menino “no” caminho em que deve andar [...]” (Pv 22.6). “Porque o mandamento é uma lâmpada, e a instrução uma luz; e as repreensões da disciplina são o caminho da vida” (Pv 6.23).Uma chamada à responsabildiade de educar