sexta-feira, 1 de maio de 2009

O exemplo de Beth

Hoje, revendo e avaliando os papéis que normalmente vamos acumulando ao longo dos anos, muitos rasguei e joguei fora. Decidi que não precisava mais deles. Quando os guardei, é claro, acreditei que me poderiam, em algum momento, ser útil, mas hoje vi que estavam apenas ocupando espaço. Então, foram parar no lixo.

Claro, não joguei tudo fora, muita coisa continua bem guardada, outras fizeram acender boas lembranças, alguns em lembraram que, para Deus, “nenhum vale é profundo demais”. No meio de tantos papéis, encontrei uma coletânea de louvores, em cujo verso encontrei uma anotação que fiz em 09 de abril de 2006. Creio que se tratava de uma reportagem que assisti sobre uma mulher chamada Beth, natural e moradora do Zâmbia, Africa.

Beth nasceu com deficiência nos membros inferiores, o que a obriga a utilizar as mãos para se locomover. Sua situação de pobreza não lhe permite ter uma cadeira de rodas. Sua casa não tem água encanada, não tem energia elétrica, e ninguém providencia o seu alimento. Então, ela mesma planta verduras, busca água para aguar sua lavou e para atender as necessidades de sua casa. Para fazer o alimento ela mesma colhe as verduras, tudo isso se locomovendo, se arrastando com as mãos.

Porém, o mais incrível é que, quando chega o sábado pela manhã, Beth veste seu uniforme de diaconisa, composto de um vestido azul e um lenço branco na cabeça e, arrastando-se pelo chão, acompanha suas companheiras rumo à Igreja. Ela vai ao templo para:


“AGRADECER A DEUS POR MAIS UMA SEMANA ABENÇOADA!”

Em 2006 escrevi com letras bem grande: "Que lição!!!" e agora, escrevo novamente:
QUE LIÇÃO!!!

Quantas vezes desistimos por nada e nos queixamos por muito pouco... Beth teria todos os motivos do mundo para desistir, para não aceitar ser uma diaconisa... Mas ela É diaconisa, ela vai à Igreja, ou melhor, Beth É IGREJA. Ela planta, rega sua plantação e colhe com honra o fruto de seu trabalho.

Que lição!!!

Bom, agora vou rasgar o papel que guardei desde 2006, porque pude compartilhar com todos os meus amigos leitores essa lição de vida, esse exemplo de cristianismo vivo.
Que bom que guardamos papéis!