sábado, 24 de outubro de 2009

O VERDADEIRO ARREPENDIMENTO IMPLICA MUDANÇA DE RUMO

A partir da carta Apóstolo Paulo aos romanos (cap. 6), podemos sintetizar uma das questões fundamentais para os cristãos nos dias de hoje: a relação entre a liberdade da graça e amor desconcertante de Deus e qual deve ser a postura, a atitude daquele que recebeu tamanha misericórdia.

Jesus certa vez, dialogando com seus discípulos, pergunta-lhes: "Quem mais ama, o que foi pouco perdoado ou o que recebeu muito perdão?". Respondeu bem o discípulo que disse: "O que foi muito perdoado".
Essa, creio, é uma das questões centrais do conceito do perdão. Aceitá-lo, de fato, implica em: receber perdão e abandonar o erro, o pecado. Jesus disse à mulher pecadora após absorve-la: "Vai em paz e não peques mais". O verdadeiro arrependimento leva-nos a um desejo incontido de mudança de vida; e a dádiva do perdão, a uma profunda gratidão ao Senhor, que se transforma num amor extremamente abençoador. O reconhecimento da graça recebida nos leva a querer agradar a quem nos abençoou, a quem nos deu a dádiva do perdão. É normal desejarmos estar perto de quem nos concedeu tamanha misericórdia. Isso é a graça, a liberdade da graça. O apóstolo Paulo, então, pergunta, Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que abunde a graça?Pois o pecado não terá domínio sobre vós, porquanto não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.Por quê? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum.Não sabeis que daquele a quem vos apresentais como servos para lhe obedecer, sois servos desse mesmo a quem obedeceis, seja do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça? (Rm 6.1,14-16).

Uma vez perdoados, uma vez lavados, não temos o direito de, em nome do favor de Deus por nós, sermos levianos com essa graça como muitos o fazem hoje, à guisa de liberdade. Porém, a verdadeira liberdade não significa fazer o que tenho vontade de fazer, dar vazão a todos os meus instintos, a todos os meus desejos. Ser realmente livre é ter a capacidade de ponderar, de analisar o que tenho vontade de fazer e escolher se me convém ou não realizar tal desejo. Liberdade é poder questionar a mim mesma sobre aquilo que tenho vontade de fazer. Liberdade, portanto, não se refere que eu seja livre em relação ao outro ou as regra que me freiam os instintos, mas, principalmente, em relação a mim mesma.

Dessa forma, amar ao Senhor Jesus é ir além de mim, é decidir buscar uma vida de santificação, de escolhas que muitas vezes contrariam a minha própria vontade, mas que me aproximam dEle. Implica mudar rumos quando estes confrontam com aquilo que Jesus deixou instituído.

Você foi muito perdoado pelo Senhor Jesus? Então, com certeza, você o ama muito. Então, deixe que o Espírito Santo trabalhe em você de tal modo que você possa dizer: Já não sou mais o mesmo. Glória a Deus!