sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Porque tive fome, e me deste de comer!

Nos últimos dias temos sido sacudidos por notícias sobre os mais atrozes acontecimentos. São reportagens dolorosas, sobre situações que, se pudéssemos, taparíamos os ouvidos para não escutar.


No dia 12 de Janeiro, a terra fugiu de debaixo dos pés de milhares de haitianos. Um terremoto de proporções inimagináveis destruiu do palácio presidencial ao mais ínfimo dos casebres.


A dor e a perplexidade foram estampadas nos rostos daquela gente que viu os seus serem soterrados. Tratores, com pás mecânicas, recolheram corpos pelas ruas como se fosse lixo, para depois jogá-los em "covas" coletivas. São cenas que vemos de longe. A consternação que sentimos é a de quem viu apenas pelos meios de comunicação. A compaixão, se existe, até aonde nos move?


Porém, muitos brasileiros viram de perto e, como heróis que o Brasil não honrou como deveria, também foram soterrados em terras haitianos. A eles e suas famílias presto homenagem, pois fizeram muito, fizeram mais que eu.


Dentre esses brasileiros, está alguém que a simples menção do nome já conta sua história: ZILDA ARNS. Seu legado é mais que admirável, é digno de ser imitado. Quantos milheres de crianças deixaram de morrer por causa da ação dessa mulher que teve a graça de mobilizar a muitas para, como voluntárias, entrarem em casas humildes para ensinar a fazer o singelo soro caseiro e para distribuir a multimistura. Tudo simples, sem muito alarde. Um ato de doação.

Zilda, segundo a mídia, interrompeu suas férias em família para realizar palestra no Haiti, um país em convulsão social e pobreza, e lá como aqueles que ajudou a socorreu tombou em combate. Fez em vida, o que Jesus praticou quando aqui passou e faria hoje se estivesse como homem entre nós.

Muitos cristãos se acreditam tão perto de Deus, tão santificados, se consideram pessoas de fé. Porém, a Palavra do Senhor nos faz um desafio por intermédio da carta de Tiago, no capítulo dois: "Meus irmãos, que adianta alguém dizer que tem fé se ela não vier acompanhada de ações? Será que essa fé pode salvá-los?" (vs.14). É possível entender que a fé que opera salvação, também produz em nós a transformação que remove de nós todo o egoísmo e nos torna sensíveis a necessidade de nosso próximo. Meu irmão tem roupa para vestir? Tem pão para comer? Tem águas para saciar sua sede?






Tiago acrescenta: "Se vocês não lhes dão o que eles precisam para viver, não adianta nada dizer: “Que Deus os abençoe! Vistam agasalhos e comam bem” (vs 16).

O discurso cristão sem a "ação do Cristo" é vazio, é um conjunto desconexo de palavras ao vento. Dizer Deus te abençe, é fácil, o desafiardor é permitir que Deus abençoe, que Deus socorra alguém por meio de nós, do nosso dinheiro, de nossas mãos! "Portanto, a fé é assim: se não vier acompanhada de ações, é coisa morta" (vs. 17). Assim, o nosso discurso não passa de farisaísmo vazio e infrutífero. A fé propalada, se resume a algo que não se confirma em sua essência, não se consuma na prátiva, é um mero exercício de retórica. Não salva, não liberta, não nos transforma, não nos torna melhores, não faz Cristo aparecer ao mundo por meio de nossos rostos.





Contudo, as obras sem a fé, sem que esteja atrelada ao processo de salvação também é inóquoa e deprovida das virtudes eternas. As boas obras puras e simples não são suficientes para operar em nós a salvação. "Mas alguém poderá dizer: “Você tem fé, e eu tenho ações.” E eu respondo: “Então me mostre como é possível ter fé sem que ela seja acompanhada de ações. Eu vou lhe mostrar a minha fé por meio das minhas ações” (vs. 18).




Mas Jesus, no nosso Mestre e Senhor, remete este assunto a algo decisivo, a eternidade. Em Mateus, capítulo 25, quando fala de sua volta, fala da separação entre aqueles que vão ao gozo eterno e os que vão ao tormento eterno, "Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: Venham, vocês que são abençoados pelo meu Pai! Venham e recebam o Reino que o meu Pai preparou para vocês desde a criação do mundo" (34). Esse é o chamado que todos nós vivos e os que já se foram desejam ouvir: "Venham"! Porém, Jesus nos informa questões decisivas entre a condenação e a bem-aventuraça eterna: Venham, "Pois eu estava com fome, e vocês me deram comida; estava com sede, e me deram água. Era estrangeiro, e me receberam na sua casa. Estava sem roupa, e me vestiram; estava doente, e cuidaram de mim. Estava na cadeia, e foram me visitar" (vs. 35 e 36).




Jesus estava estava com fome e com sede, era estrangeiro, estava sem roupa, estava doente, estava na cadeia... e foi socorrido em suas aflições e necessidades? Como? É algo incompreensível! Quando é que fomos te visitar na cadeia ou moribundo em um hospital? Quando te demos um copo de água, quando te demos um prato de comida? Mas Ele explica:



"Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quando vocês fizeram isso ao mais humilde dos meus irmãos, foi a mim que fizeram" (vs. 40)

O que Jesus está dizendo? QUE A FÉ SEM AS OBRAS DA FÉ É MORTA, não aquinhoa para a vida eterna, ou seja, não nos torna partícipes da eternidade com Deus. De outra forma, podermos dizer que, quando a fé não se apresenta nas nossas ações e decisões diárias, quando não temos fé, para dizer como o apóstolo Paulo: eu me gastarei e me deixarei gastar! Ela simplesmente inexiste em nós. A salvação genuína não ocorreu.
Jesus, ao continuar sua pregação, afirma que no grande dia do julgamento final, os que estiverem a sua esquerda vão ouvir de seus lábios: "Afastem-se de mim, vocês que estão debaixo da maldição de Deus! Vão para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos! (vs 41). Logo, podemos interrogar: Jesus vai fazer acepção de pessoas? Não, absolutamente! Ele se levanta contra as nossas acepções, proselitismos e preconceitos, e diz as razões: Na figura dos marginalizados, das crianças famintas, dos haitianos vítimas do atroz terremoto, Eu, Jesus, "estava com fome, e vocês não me deram comida; estava com sede, e não me deram água. Era estrangeiro, e não me receberam na sua casa; estava sem roupa, e não me vestiram. Estava doente e na cadeia, e vocês não cuidaram de mim" (vs. 42 e 43).

E Jesus sintetiza, assim, as suas palavras: "Eu afirmo a vocês que isto é verdade: todas as vezes que vocês deixaram de ajudar uma destas pessoas mais humildes, foi a mim que deixaram de ajudar. Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: Venham, vocês que são abençoados pelo meu Pai! Venham e recebam o Reino que o meu Pai preparou para vocês desde a criação do mundo" (45 e 46).
Por tudo isso, a vida de Zilda Arns deixa uma lição que precisa ser aprendida por nós, pois o Senhor Jesus em nós se importa com as mãos que estão estendidas em busca de socorro. Jesus atrairá, no dia faustoso de sua volta, atrairá para si os que tiverem afinidades com Ele.
Que Deus nos ajude.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O Alto Preço já foi pago

Muitas vezes desejamos viver uma vida onde as coisas possam ser adquiridas sem custos; almejamos uma realidade em que se alcance o píncaros das montanhas sem derramar suor, sem ter que escalar montanha acima. Se pudéssemos, tomaríamos posse de um diploma sem ter que sentar todos os dias na carteira da sala de aula. Huuuuuuum, isso é um grande sonho de consumo. Porém, quando Jesus chegou ao mundo, Ele começou a amostrar um panorama bem diferente do nosso comodismo, das nossas indisponibilidades, dos nossos egoísmos.


Ao nascer, nosso Mestre não nasce no palácio, é concebido em uma manjedora. Não vem a terra como filho de um rei encastelado num palácio, ele chega como filho de Maria "Ninguém" e do carpinteiro José.

Jesus se tornou o exemplo máximo de abnegação, de entrega total pela causa que o fez deixar a glória eterna pela temporalidade humana.

A opção de Jesus foi entregar a sua vida em sacrifício. Ele pagou o alto preço. O preço de esvaziar-se de si mesmo; o preço de dizer, eu não falo de mim mesmo, o Pai fala por mim; eu não faço a minha vontade, executo o desejo do Pai. Jesus pagou o preço pela união de homens e mulheres entorno de seu nome, o nome que fala de Salvação eterna, de resgate da humanidade. O alto preço pela reconciliação de irreconciláveis, daqueles que dizem: "eu nunca vou perdar aquela pessoa, a ofensa foi muito grande". Sim, o sangue que Jesus derramou na cruz é suficiente para lavar a mais incrustada mágoa. Jesus pagou o preço de fazer erguer-se triunfante em um casamento o amor que aparentemente estava morto.

O preço já foi pago, o que faremos a partir desse conhecimento? Somente eu e você podemos decidir. Vamos fazer valer o sacrifício do inocente no lugar do culpado, ou vamos ignorar a graça alcançada?

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Imagens de uma terra encantadora


O tempo passou, mas as imagens, os cheiros, as cores da Itália continuam impregnadas na mente e no coração. Então, posto aqui algumas dessas imagens maravihosas da cidade de Torino.




A bela torre de Antonella. Um dos cartões postais de Torino.


Joziel, Eu e a Lili. Lá parece que as flores são mais vivas.




A praça de São Marcos. Aqui dá vontade de passear.


domingo, 10 de janeiro de 2010

Glória a Deus, 2010 chegou!

Louvado seja Deus, 2010 chegou!

Claro, é preciso comemorar, é preciso dar ao Senhor glórias e prestar-lhe adoração por tudo o que Ele é. Poderíamos começar dando-lhe glória por tudo o quando Ele fez durante o ano que passou, por todos os milagres que operou, pelos livramentos de que fomos alvo e nem mesmos soubemos dos perigos que corremos, simplesmente porque o Senhor nos livrou. Porém, o sublime é adorar ao Senhor por aquilo que Ele é.

Quantos veem em Deus o provedor de suas necessidades, o auxílio nos momentos aflitivos. Porém, Deus é muito mais do que um provedor, é muito mais do que uma táboa de salvação, é muito mais do que o socorro na hora da aflição. Ele é o amado de nossas alma, o amigo infalível, o nosso Pai, o nosso irmão mais velho, o Salvador de nossas almas.

Que durante o ano de 2010 nós possamos reconhecer o Senhor Jesus em nossos caminhos, entregar em suas mãos nossa o controle de nossas vida, até podermos dizer como o apóstolo Paulo: "Não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim".