quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Roma: Paulo sua prisão e sepulcro

Com propriedade o apóstolo Paulo afirma: "Quanto ao mais, ninguém me moleste; porque eu trago no corpo as marcas de Jesus" (Gl 6.17). Sua vida, seu exemplo de fé e abnegação nos dá a conhecer o significado de despeendimento e de entrega total ao Senhor e a sua obra. Ele viveu como se não vivesse, porque tinha por mais sublime o viver de Cristo em si mesmo.
"Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor" (Rm 14.8).

Em nossa viagem a Roma pudemos ver de perto o lugar que tradicionalmente é tido como a prisão de Paulo, a Prisão Mamartinum, que fica localizada nas proximidades do Coliseu. Atribui-se, erroneamente, que o Apóstolo Pedro também esteve preso ali. É claro que isso é uma das muitas tentativas de situar Pedro em Roma. Porém, a Bíblia, em sua inerrância, não confirma essa informação propalada pela tradição Católica.


Na foto acima está parte da fachada do prédio da prisão do Apóstolo dos gentios.

Na foto (abaixo) está a porta de ferro entalhada que fica na entrada da prisão. Porém, infelizmente não pudemos ver seu interior, pois estava para reforma. Isso foi lamentável porque andamos muito tempo até chegarmos ao local da prisão que tantos desejamos conhecer. Outro ponte negativo é que agosto é o mês de férias na Europa, quando pessoas de vários países veem para visitar esses locais históricos e os encontram fechados. Nós, por essemplo viajamos do Brasil a Roma e não pudemos realizar nosso desejo.




No canto esquerdo da foto acima está a irmã Cida, nossa companheira de caminhada. A cena é típica de quem viaja a Roma, bolsa ao lado, mochila nas costas e uma sandália rasteira. Esse é o caminho à prisão para quem vem do outro lado da cidade, em sentido oposto ao Coliseu.


Nesse banner à porta da prisão está uma das muitas expressões de Paulo:


Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos,
sabedores de que, havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte já não tem domínio sobre ele.

Pois, quanto a ter morrido, de uma vez para sempre morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus.

Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus (Rm 6.8-11).

Para esse homem de Deus, no real sentido das palavras, o viver era Cristo e o morre lucro. Não havia nele apego a posições, a status, rótolos e confortos, próprio dos humanos... Se o futuro certo lhe reservava prisões, não importava; se tivesse que coser tendas para seu sustento, ele tinha habilidade e disposição para fazê-lo. Nada o detinha. O cristianismo vivido por Paulo simplesmente nos constrange, nos envergonha, porque muitas vezes somos mesquinhos em nossa entrega ao Senhor; outra vezes somos dúbios ao testemunharmos a fé que professamos; num momento nos comportamos como verdadeiros heróis da fé, como gigantes espirituais e no outro somos os mais convardes de todos os homens quando instados a fazermos a defesa da causa que abraçamos.

Antes de irmos à prisão, fomos à Catedral de São Paulo, onde, também segundo à tradição, está o seu túmulo e uma corrente que o aprisionou. Mera tradição ou fato, não importa, o significado está em que o tempo não apogou a história daqueles que viveram e sofreram por Cristo. As marcas do nossos primeiros irmãos, dos nossos pais na fé impregnam a cidade de Roma. Em outras palavras, Cristo está vivo onde se lutou para erradicar da terra o seu legado! Aleluia!

Acima estão as descrições da corrente e do túmulo de Paulo. Um lugar muito luxuoso, bem diferente do modo como ele viveu.


A corrente


O túmulo



Na parte de cima da foto está o altar da Catedral de São Paulo e na parte inferior está o túmulo.


Essa imagem é da parte superior da igreja. Retrata o teto e parte das paredes. Tudo belamente ornado em dourado.

Desses momentos vividos em Roma seguindo os passos de Paulo e dos mártires da fé em Jesus, nosso Salvador, fica a desafiadora Galeria da Fé de Hebreus, cap. 11.

32 E que mais direi? Certamente, me faltará o tempo necessário para referir o que há a respeito de Gideão, de Baraque, de Sansão, de Jefté, de Davi, de Samuel e dos profetas,
33 os quais, por meio da fé, subjugaram reinos, praticaram a justiça, obtiveram promessas, fecharam a boca de leões,
34 extinguiram a violência do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram força, fizeram-se poderosos em guerra, puseram em fuga exércitos de estrangeiros.
35 Mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos. Alguns foram torturados, não aceitando seu resgate, para obterem superior ressurreição;
36 outros, por sua vez, passaram pela prova de escárnios e açoites, sim, até de algemas e prisões.
37 Foram apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos a fio de espada; andaram peregrinos, vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos, maltratados
38 (homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, pelos montes, pelas covas, pelos antros da terra.
39 Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé não obtiveram, contudo, a concretização da promessa,
40 por haver Deus provido coisa superior a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados.

2 comentários:

Unknown disse...

Prima, que coisa maravilhosa é sabermos que existiram pessoas que sacrificaram a própria vida por amor ao Mestre!!
Mas nós também somos jogados na fornalha das lutas, perseguições e tentações; mas como nossos irmãos do passado, não somos queimados na fornalha das prvações!!

Miss. Marta Azevedo disse...

Querida prima, uma experiência como a que vivemos em Roma se constitui num verdadeiro desafio ao cristianismo que vivemos e o quando nos gastamos pelo Reino de Deus e o quanto estamos dispostos a nos deixar gastar, tal como o Apóstolo Paulo.