sábado, 20 de abril de 2013

Chegar com Jesus em casa

A mensagem que o Senhor trouxe ao meu coração para compartilhar na quinta-feira passada no Culto da Família, na Igreja Assembléia de Deus Ministério Vida (IEADMVida), Bairro da Penha, na cidade de Vitória (ES), teve como texto base Mateus 8.14-15, que retrata a chegada de Pedro em sua casa, acompanhado de Jesus.

Quando Pedro chega à sua casa encontra sua sogra doente. Ora, ele estava chegando acompanhado de um visitante ilustre. Quando isso acontece em nossas casas, normalmente não expomos aquilo que não seria digno de ser mostrado a pessoas importante. Mostramos o melhor que temos, somos educados, prestimosos, pisamos com elegância, dizemos com licença, muito obrigado... "Por favor! Tem gente importante por perto". Ou seja, o melhor de nós aflora, ou, no mínimo, nos esforçamos para isso.

Com Pedro, não deve ter sido diferente. Chama atenção o fato de que, em sentido contrário do que faz muita gente por aí, o, então, discípulo não ocultou a sua sogra, nem a sua enfermidade. Ela esta com febre, portanto, com um processo infeccioso. Estava, possivelmente, abatida. Pedro não escondeu o problema de sua família, pois se sua sogra estava doente, sua esposa deveria estar preocupada. Porém, Jesus tocou na mão da enferma e ela foi curada na mesma hora. (Enquanto escrevo, estou escutando o louvor "Toca em Jesus" de Eliã de Oliveira).

É lindo, pois a mulher moribunda se levanta e começa a servir a Jesus. Não sei o que ela fez de especial. Mas, trazendo para a nossa cultura, quem sabe ela fez um bolo de fubá e um cafezinho quentinho! Imagine o sabor! Consegue ver a fumaçinha do café fumegando na caneca?


Durante a ministração me lembrei de um momento em meu local de trabalho, ocorrido nesse dia, quando cheguei à sala de um departamento e vi uma apetitosa fatia de bolo de fubá na mesa de um colega. Eu lhe disse que bolo lindo! A amiga na sala contígua ouviu nossa conversa e disse que o bolo estava lá e me ofereceu. Normalmente eu teria agradecido e não teria comido. Porém, não resisti e comi do bolo. O estava delicioso. Ela me disse quem o havia feito. Ao encontrar com a autora da façanha, eu elogiei o sabor e a textura do bolo. Ela me disse que seu segredo era o leite de coco. Gente, depois de tudo isso, eu encomendei um bolo para o dia seguinte. Bom, na sexta-feira me foi entregue a deliciosa encomenda.


Fazendo um paralelo com a mensagem do culto, posso afirmar que quando Jesus chega a nossa casa, aquilo que faz morrer, as infecções, são saradas. Mas, para isso, não podemos tentar ocultar dele o mal que nos mata ou que destrói os nossos entes queridos. Quando Ele chega na nossa vida nós nos levantamos para fazer o melhor, da forma mais carinhosa e cuidadosa. O bolo de fubá que fazemos quando o nosso Mestre e Salvador está presente não é qualquer um, tem um toque a mais. Isso reflete os pequenos, mas significativos detalhes que ornam a nossa vida quando Jesus chega conosco em nossa casa -  nos tornamos melhores sujeitos, nos comportamos com todo o refinamento!

Também, ao ministrar, não pude esquecer a farofinha de minha mãe, Maria Odete. Em sua casa sempre tem farofa. Ora, nós somos oriundos do Norte brasileiro. Há alguns dias cheguei a sua casa e procurei a farofinha no lugar tradicional e não encontrei. E, então, lhe falei constando que não tinha farofa. Ela me disse de sua forma característica: "Espera aí, menina, deixa-me ver onde está". Bom, tentei dissuadi-la, mas ela insistiu e trouxe a farofa. Não, não tinha bacon, não tinha ovo nem milho. Essa iguaria de minha mãe é feita de quatro elementos: farinha, sal, cebola e manteiga. Mas tem um sabor delicioso. É muito bom. Ela sempre disse que seu segredo é o amor. Na pregação chamei esse alimento de "farinha temperada".



Avançando nessa reflexão, quando Jesus chega ao nosso ambiente familiar, quando Ele nos
acompanha em nosso cotidiano, quando nós entendemos que não podemos ser sujeitos dicotomizados,  não resta dúvida que Ele faz emergir o melhor de nós e em nós. Lembrei-me de meu esposo, ao chegar do supermercado. Dentre o que comprou, ele me mostrou um pacote de café diferente. Pareceu-me um excelente pó de café. E de fato o era. Ele escolheu o melhor produto que encontrou.

O que tem haver pó de café, farinha temperada e bolo de fubá com Jesus em nossas casas? O fato é que quando Jesus chega a doença que nos mata é sarada e nós nos levantamos, não para fazer mais do mesmo, nem da mesma forma. Erguemo-nos para fazer e dar o melhor de nós. Nossas mãos tocadas pelo Mestre têm a capacidade de colocar a pitada certa do sal e da manteiga, a quantidade de cebola e transforma a "insignificante" farinha em desejada farofa; temos boas ideias, como a de acrescentar um pouco de leite de coco no, outrora simples, bolo de fubá; temos inspiração de levar para casa um pó que vai fazer com que o cheiro de um delicioso café encha a nossa casa.

Tudo isso faz lembrar o hino: "Quando Ele chega a doença não aguenta vai embora...", pois para além de coisas que aguçam nosso paladar, estamos falando de qualidade do caráter e da dignidade do ser humano, estamos refletindo sobre vidas transformadas por Jesus Cristo.

Desejo que você sinta em tua casa o cheiro e o sabor da presença transformadora do Senhor Jesus, pois jamais alguém que age com brutalidade, com ignorância, com engano e subterfúgio em seu ambiente familiar poderá dizer que conhece ao Senhor.

Bom café!

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