terça-feira, 22 de julho de 2008

Memórias que Promovem Esperança

A imagens que ilustram esta mensagem são das comemorações do Jubileu de Prata da inauguração do Templo da Assembléia de Deus em Goiabeiras, Vitória/ES, construída por meu pai, de saudisa memória, Pr. Oséas Lopes da Silva.

Tive a honra de minstrar a palavra de Deus no primeiro dia (17/07/2008), sobre o tema: "Memórias que promovem esperança". O Pastor e amigo Samuel Câmara e sua esposa, Rebekah Câmara participara do segundo dia. Ele pregou a Palavra do Senhor sobre o tema: "Houve um homem chamado por Deus, cujo nome era João". Nos louvores participaram: Marcelo Santos (RJ) e Raquel Silva (SP). Também estiveram presentes os amigos vereador Esmael e sua esposa Isabel.

O texto abaixo foi inspirado na mensagem que ministrei nesse evento.


A nossa vida é constituída de memórias das situações vividas, sejam boas ou más. Essas realidades, de alguma forma, além de nos constituir enquanto sujeitos de caráter, regem as nossas vidas, o que somos, a forma como pensamos, como reagimos frente ao mundo, como nos relacionamos com as pessoas... A Bíblia diz que: “O homem bom do seu bom tesouro tira boas coisas e homem mal do seu mau tesouro tira más coisas” (Mt 12.35). Isso implica dizer que o que vai de fato nortear o nosso “ser” é a decisão sobre o que guardamos como preciosos: o que guardamos como tesouro são as coisas que nos dão esperança ou aquelas que nos destrói?

Jeremias, em suas Lamentações, do versículo primeiro ao vigésimo enumera palavras que retratam seu dissabor, observe:

Aflição, furor, trevas, revirar, contra mim, envelhecer, ossos quebrados, trincheiras contra mim, fel, trabalho, lugares tenebrosos, mortos, agravou, grilhões, grito, socorro, exclui, caminhos fechado, caminhos com pedras, veredas tortuosas, emboscada, esconderijos, caminhos desviados, desolado, armou o seu arco, alvo à flecha, flechas nos rins, objeto de escárnio, amarguras, absinto, dentes quebrados, cinza, paz distante, pereceu a minha força, sem esperança, esqueci-me do que seja a felicidade.
Ufa! Após esse rosário de motivos para desistir da vida, o profeta toma uma decisão: é como se ele dissesse, lamentar os maus momentos não me acrescenta nada, eu preciso mudar o foco das minhas memórias. Então, como que num brado ele diz: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança” (Lm 3.21). Seu discurso muda, e sua boca se torna doce ao proclamar: “A benignidade do Senhor jamais acaba, as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto esperarei nele. Bom é o Senhor para os que esperam por ele, para a alma que o busca. Bom é ter esperança, e aguardar em silêncio a salvação do Senhor” (Lm 3.22-26).
Ah! Quanta diferença faz voltar o olhar para frente, para cima. Nessa hora o bom tesouro começa a exalar bom perfume. O rosto muda, os braços se tornam fortes e os pés andam ligeiro. A depressão não chega, o stress vai embora, o coração sossega, a pressão arterial normaliza, o estômago faz boa digestão... Bom é ter esperança! Humm! Jeremias aprendeu, sentiu o gosto de coisa boa ao reviver boas memórias. Quando novamente o momento mau chegou, ele diz: “Águas correram sobre a minha cabeça; eu disse: Estou cortado” (v 54), mas no mesmo instante ele invoca o nome do Senhor, mesmo na masmorra onde se encontrava, e ele diz: “Ouviste a minha voz; não escondas o teu ouvido ao meu suspiro, ao meu clamor. Tu te aproximaste no dia em que te invoquei; disseste: Não temas” (vs. 56-57).
Quando nos alimentamos das “boas memórias” nos tornamos fortalecidos e deixamos de ser vulneráveis ao ataque do mal.

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