sábado, 26 de abril de 2008

Isabella, que mundo é esse?



Pensar nosso mundo contemporâneo traz um gosto amargo à boca, traz pesar ao coração.
Como humanos, seres pensantes, inteligentes e criativos, avançamos no conhecimento científico, alcançamos o espaço, criamos máquinas que permitem pesquisas nas profundezas do mar; desenvolvemos medicamentos que curam as mais variadas formas de doenças. Ah! Aumentamos a expectativa de vida. Nunca fomos tão longe, nunca vivemos tanto!

Há pouco tempo, quando estive na Itália, uma das coisas que me impressionou foi a quantidade de pessoas idosas. Fiquei hospedada em Savona, uma cidade às margens do Mar Mediterrâneo, e via constantemente uma grande quantidade de idosos que iam aquecer-se assentados no calçadão da praia. No Brasil também já é possível falar de longevidade, de população que está envelhecemos. Isso mesmo, estamos vivendo mais.
Porém, apesar de tantas e maravilhosas conquistas, não estamos melhores. Não estamos mais humanos. Amamos menos, gostamos menos das pessoas, fazemos menos o bem. Estamos mais egoístas, mais voltados para nossos próprios interesses e ignoramos aqueles que nos cercam. Aceitamos passivamente que a corrupção avance se resistência em nosso país.

Esse é o mundo que fabrica monstros, humanos-monstros. Humanos-monstros porque depois que agem de forma monstruosa contra o outro, choram ante as conseqüências de seus atos.

Esse é o mundo
que espancou a pequena e doce Isabella,
que a estrangulou,
que a conduziu sangrando pelo apartamento,
que cortou a tela de proteção,
que a pendurou na janela,
que a jogou do sexto andar de um prédio,
que lhe roubou, de forma infame, a vida!

Esse é o mundo que estamos construindo e consolidando. O mundo que estamos deixando para as crianças que, hoje, têm cinco anos.

Muita gente pergunta nessas horas: “Se Deus existe, se Deus é bom por que essas coisas acontecem?”. A resposta é muito simples: “E assim como eles rejeitaram o conhecimento de Deus, Deus, por sua vez, os entregou a um sentimento depravado, para fazerem coisas que não convêm” (Rm 1.28). A Bíblia ainda afirma: “Pois a verdadeira luz, que alumia a todo homem, estava chegando ao mundo. Estava ele no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus (Jo 1.9-12).

A se o mundo ouvisse a voz de Deus! Ah se o mundo aceitasse o seu amor... Nunca mais diríamos: Adeus Isabella! Ou deveríamos diz: Perdão Isabella!

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